Dados do INE, relativos a 2011, mostram que as cidades do Tâmega são as menos envelhecidas do país Cidade de Gandra é a quinta mais jovem do país
A cidade de Gandra, no concelho de Paredes, está entre as mais jovens do país. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), lançados no final de Outubro, esta cidade era a quinta com a população menos envelhecida, havendo, em média, 49 idosos por cada 100 jovens.
Entre os dados do estudo "Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico", que caracteriza as cidades portuguesas com base nos resultados definitivos do Censos 2011, há ainda outros dados a destacar. Valongo surge entre as cidades que têm conseguido atrair mais população. Já Lordelo, Freamunde, Gandra e Rebordosa são as que têm os piores níveis de qualificação, com menos residentes com o ensino superior completo.
Nas cidades do Tâmega há 69 idosos por cada 100 jovens
Segundo o INE, em 2011, residiam nas 159 cidades portuguesas mais de 4,5 milhões de indivíduos, o que correspondia a 42% da população residente. Só as 54 cidades do Norte abarcavam cerca de dois quintos do total da população das cidades. Sem surpresa a tendência é para a concentração da população nos territórios metropolitanos.
Este estudo mostra que o índice de envelhecimento (indicador que relaciona a população com 65 ou mais anos com a população entre os zero e os 14 anos) era menor nas cidades portuguesas (118 idosos por cada 100 jovens) do que no total do país (128). As cidades mais envelhecidas eram Gouveia (246), Borba (230), Porto (194) e Lisboa (183). Pelo contrário, as cidades mais jovens do país, com um índice de envelhecimento inferior a 50, eram Gandra (49), Ribeira Grande (45), Póvoa de Santa Iria (40), Câmara de Lobos (36) e Caniço (31).
E se no país a média é de 118 jovens por cada 100 jovens, a média das cidades do Tâmega é de menos de metade – 69 idosos por cada 100 jovens. Ou seja, no conjunto, as cidades da região são as mais jovens do Norte e mesmo do país.
Além de Gandra, há a realçar os índices de envelhecimento das cidades de Valongo (53), Paços de Ferreira e Paredes (59). Já Ermesinde (106) e Penafiel (98) são as cidades mais envelhecidas da região.
Quando analisamos a média de idades, a das cidades do Tâmega - 37,5 anos – é também a mais baixa do país. Gandra, Valongo e Paços de Ferreira têm as médias de idades mais baixas. As mais elevadas estão em Ermesinde, Penafiel e Alfena.
Valongo é a cidade que mais população atrai no Norte
Este documento do INE faz também uma análise do crescimento das cidades. Um dos indicadores analisa a proporção de população residente que, antes cinco anos do momento censitário, residia fora do município actual. Este dado mede "a atracção residencial das cidades", explica o INE.
Numa avaliação geral, as cidades surgem, sem surpresa, como polos de atracção em relação ao restante território. As de Lisboa e Algarve eram as mais atractivas – cerca de 12% da população vivia cinco anos antes fora desses municípios.
Na região Norte encontravam-se, em 2011, as cidades em que o impacto da população proveniente de fora do município foi menor. Era o caso de Barcelos, Fiães, Rebordosa, Freamunde, Lourosa (com 4%) e Felgueiras (3%). Também na região Lordelo está na lista das menos atractivas, com um índice de 4,66%. As cidades do Tâmega eram, depois das do Ave, as que menos atraiam população na região Norte.
Valongo é a excepção à regra. Há três anos atrás era a cidade mais atractiva do Norte (12%). Segue-se na lista São João da Madeira (11,25%) e depois uma outra cidade do concelho de Valongo, Ermesinde (11,13%).
Lordelo, Freamunde, Gandra e Rebordosa com os piores níveis de qualificação da população
A população mais qualificada residia, em 2011, nas cidades. A percentagem de população com o ensino superior completo era de 21% nas cidades e de 15% no território nacional. Era nas cidades capitais de distrito, como Coimbra (35%), Lisboa (34%), Vila Real (29%), Faro (26%) e Santarém (25%), que os habitantes tinham melhores qualificações.Pelo contrário, era no Norte do país que se situavam as cidades com menores níveis de qualificação. Lordelo era o pior caso do país, com apenas 5% da população com o ensino superior completo. A situação era igualmente preocupante em Freamunde (6,6%), Gandra (6,9%) e Rebordosa (7,1%).
Penafiel era a cidade com mais população qualificada (20%), ficando acima da média da região Norte e apenas um ponto percentual abaixo da média nacional (21%).
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Rebordosa e Lordelo são as cidades do país com menos residentes de nacionalidade estrangeira
Em 53 cidades do Norte e Centro a proporção de população estrangeira entre os residentes não atingia os 2%, revela o INE. No conjunto das cidades do país esse valor chega aos 4,7%.
O Algarve apresentava a proporção máxima observada, de 11%, mas do dobro do valor médio das cidades portuguesas.
Todas as cidades da região ficam abaixo dos 2%. Rebordosa e Lordelo (0,51%) são mesmo as duas cidades do país com menos residentes de nacionalidade estrangeira, no Norte e no país. Em Freamunde a percentagem é pouco superior (0,56%).
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O Outeiro da Audiência foi na década de sessenta, o local escolhido para a construção de uma Igreja nova em Rebordosa. A cerimónia do lançamento da primeira pedra presidida pelo Bispo do Porto, teve lugar, no dia 3 de Agosto de 1963. Hoje, meio século depois dessa cerimónia, o pequeno Outeiro está transformado, assim como a área circundante e a Igreja nova é desde há muito, ponto de referência paroquial e citadina. Neste momento de esperança católica animada pelo Papa Francisco, esperamos que o amplo templo seja o espaço que congregue a família paroquial rebordosense, com vista a uma nova fase da vida religiosa em Rebordosa .